Relato: C.E. Carmelina Ferreira Pedroso
Nome do Autor: Marcelo I. P. CostaInstituição: C.E. Carmelina Ferreira Pedroso
Município / Estado: Arapoti-PR
Conteúdo: Dança
Série: 8ª série
Relato: o tema “funk”, surgiu após observação de como esse ritmo estava presente no cotidiano dos estudantes. Nas letras que cantavam, de como se expressavam através da dança e das gírias que utilizavam para expressarem-se.
Houve então uma necessidade de dialogar e debater mais sobre esse tema com os alunos. Muitos apenas replicavam as letras, as coreografias, as falas. Não possuíam ideia da história por trás do “atual” ritmo. Para eles parecia ser algo novo, um modismo apenas.
Objetivos da experiência: resgatar a história, a origem, os percursores do funk, o surgimento do funk no Brasil, debater sobre “Mídia de massa”,“brigas de galeras”.
Contextualização: para isso foi necessário resgatar dados históricos. O funk já tem quase trinta anos de existência, embora venha conquistando ganhando abertura na mídia apenas nos últimos dez anos. O pianista norte-americano Horace Silver é considerado o pai do funk, ele fez a união do jazz com o soul music batizando-a como “style-funk”.
No Brasil o funk surgiu por volta da década de 70, no Rio de Janeiro. Mas foi somente no final da década de 80 que o funk começou a atrair mais pessoas para os bailes. As músicas ganharam versões e novas letras em português, que por sua vez retratavam o dia-a-dia dos frequentadores, as questões sociais como a pobreza e a violência nas favelas, drogas, comandos, enfim, abordavam o cotidiano da classe baixa.
Como todos os estilos musicais que, apesar de serem produzidos por e para uma minoria étnica, acabam conquistando o sucesso de massa, o funk também sofre um processo de comercialização, tornando-se mais fácil, pronto para o consumo imediato.
“O formato musical é o que se ajusta melhor à globalização, isso acontece porque a música consegue transcender os limites da língua escrita e falada para alcançar e atrair uma audiência de massa” (Giddens, 2005, pág. 56).
Começaram a se difundir bailes Funk’s pelo Rio de Janeiro, mas em contra partida começaram também a servir de palco para “brigas de galeras”, onde a pista ficava dividida em duas e quem ousasse atravessar era agredido pela outra turma. A pressão da polícia, da imprensa e a criação de uma CPI na Assembléia do Rio de Janeiro em 1999 e 2000 acabaram com a violência em grande parte dos bailes, ao mesmo tempo em que as músicas se tornaram mais dançantes e as letras, mais sensuais. Esta nova fase do ritmo, descrita por alguns como o new funk, se tornou sucesso em todo o país e conquistou lugares antes dominados por outros ritmos, como o
carnaval baiano.
Atividades: essa contextualização foi o primeiro passo para abrir um diálogo com os alunos e situá-los no contexto histórico, para então começar a debater sobre o “funk” tocado e dançando na atualidade.
Além do histórico citado, eles trouxeram mais materias (recortes de revistas, sites relacionados), letras antigas, letras atuais, subsídios para debaterem o tema e para responderem algumas perguntas norteadoras tais como:
- A globalização das comunicações podem trazer uma melhor compreensão das diferenças culturais?
- “Mídia de massa”, como podemos definir este termo?
- O funk que como já foi dito tem origens no jazz americano e ganhou uma nova “roupagem” no Brasil. O que podemos dizer atualmente deste estilo musical?
Considerações finais: depois de muitos debates, análises de letras musicais, de vídeos apresentados, de “reformular” coreografias, foi possível explicitar uma compreensão do diferente das quais conheciam o funk como manifestação cultural, como forma de expressão de uma minoria. Adquiriram conhecimento do contexto histórico proporcionado fazer paralelo entre entre o momento histórico e suas relações diretas com o tipo de letra e sua relação com a sociedade no momento. Além de debater temas citados como as brigas ocorridas nos bailes, a mídia de massa, entre outros temas pertinentes na sociedade atualmente.
Referências Bibliográficas:
Livros:
VERDERI,Érica Beatriz L. P. Dança na Escola. Editora Sprint-RJ/2ª edição 2000
NANNI, Dionísia. Dança Educação Princípio, Métodos e Técnicas. Editora Sprint 2002-RJ/4ª Edição
Internet:
http://www.cdof.com.br/danca4.htm
http://www.biodanzasp.com.br/rituais.html
http://www.terra.com.br/reporterterra/funk/historia_do_funk.htm
Tv Multimídia/Trechos de filmes:
Vem Dançar