Pancrácio
História e FilosofiaArte marcial da Grécia antiga e esporte gladiatório, o pancrácio era uma fusão de técnicas de luta, que incluíam a luta grega, boxe, estrangulamento, chutes, golpes e técnicas de travamento das articulações. Na verdade, o pancrácio só não permitia morder, arranhar e arrancar o olho do oponente – tudo o mais era considerado legal na competição. O termo pancrácio vem do grego “pancratium”, que significa “cerco total” ou “poderes totais”.
Era considerado o verdadeiro teste físico quando estreou no 33º Jogos Olímpicos da Antiguidade, pois as competições de pancrácio eram extremamente físicas e violentas; ferimentos graves e até mortes não era incomuns. As partidas continuavam indefinidamente, até que um dos competidores sinalizasse a derrota ao bater no ombro de seu oponente, levantasse a mão, ou até que um ferimento ou fatalidade ocorresse.
Os soldados de infantaria gregos eram treinados nas técnicas do pancrácio. Quando Alexandre, o Grande, invadiu a Índia em 326 a. C., os gregos trouxeram consigo o pancrácio e o praticavam em seus campos militares como parte do treinamento.
Recentemente, uma versão moderna do pancrácio se inscreveu para integrar os Jogos Olímpicos de 2004 em Atenas, mas ainda não foi aprovada.
Treinamento de Pancrácio
Os praticantes do pancrácio treinam em um espaço chamado “palaestra”. Nele há um aposento especial denominado “korykeion”, que abriga equipamentos especiais de treinamento para praticantes e boxeadores.
Os iniciantes em pancrácio primeiro aprendiam técnicas básicas, como golpes, chutes e agarramentos, antes de participar de treinos leves e pugilato com outros praticantes. Fisicamente exigente, o pancrácio requer muita energia e flexibilidade. Uma das técnicas favoritas era esmurrar um saco de pancadas, permitindo que o saco batesse de volta do praticante. O pugilato era encorajado para simular uma competição de verdade.
Os praticantes gregos de prancácio lutavam de uma forma bem característica – nus e besuntados de óleo. Mais tarde, passaram a vestir tiras de couro cru para proteger os antebraços e mãos; quando o pancrácio chegou à Roma, os lutadores italianos vestiam tangas para proteger seus genitais. Finalmente, eles começaram a ficar parcialmente vestidos e também armados, em alguns casos, como luvas revestidas de pregos, conhecidas como “caestus”. Os praticantes modernos não usam armas, e se vestem como lutadores olímpicos.
Este conteúdo foi acessado em 22/09/2010 do sítio: Discovery Brasil - Artes Marciais
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