Um pouco mais sobre a conjuntura econômica africana
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A África possui várias das maiores reservas de pedras preciosas e metais do planeta. Os recursos de seu subsolo, possuem uma grande quantidade de recursos minerais e energéticos, proporcionando aos países africanos, em média, 60% de suas divisas. Por sua vez, a indústria africana, relacionada sobretudo com a produção de minérios, fica polarizada em torno dos países do Norte e do Sul do continente. A África do Sul é a maior potência mineradora do continente, produz 19% do ouro e 10% dos diamantes do planeta.
Nesse aspecto, a África do Sul também se destaca como o país com maior infra-estrutura industrial. Egito, Zimbábue e Argélia também dispõem de importantes núcleos produtivos. Assim, as fábricas se aglutinam principalmente nas periferias das grandes cidades.
O continente continua a ser essencialmente agrícola. As monoculturas de exportação (café, cacau, algodão, amendoim, entre outros) alternam-se com lavouras de subsistência. Além do modo de subsistência associado a agricultura, também pode ser observado a alta porcentagem da população que se dedica a pecuária. A tradição do pastoreio nômade, se realiza nas regiões onde as condições climáticas dificultam a prática da agricultura. No entanto, apenas a África do Sul e o Sudão exportam pequenas quantidades de produtos derivados da carne.
O rebanho suíno é inferior ao dos demais continentes, devido à presença de países de maioria islâmica no terço Norte da África. Em determinadas regiões do Sul e do centro do continente, a glossina, ou mosca tsé-tsé, impede a criação de gado.
A pesca é o setor com maior projeção no panorama econômico africano. A maior parte da produção pesqueira é destinada ao consumo local. Marrocos, Senegal, Costa do Marfim, África do Sul e Namíbia dispõem de uma potente indústria direcionada à exploração comercial.
Apesar de tantos problemas no continente, a África não pode mais ser vista como absolutamente miserável. Mesmo com muitos países atrasados economicamente, alguns se destacam: Angola, Nigéria, Guiné Equatorial, Chade, Camarões, República Democrática do Congo e Congo. Desde 2000, esses países se tornaram exportadores de petróleo e minérios, e fizeram com que o PIB (Produto Interno Bruto) africano registrasse um crescimento anual médio de 5%. A importância do continente é estratégica. Além de possuir um terço do urânio mundial, metade do ouro, dois terços dos diamantes e 10% das reservas estimadas de petróleo, ele tem uma localização privilegiada com acesso aos oceanos Atlântico e Índico.
Recentes relações comerciais estabelecidas com os países mais ricos, causaram mudança de patamar das nações africanas que se sobressaem. Até os anos 1960, muitas nações africanas ainda eram colônias e tinham uma economia baseada em transações comerciais internacionais, na maioria das vezes desfavoráveis. Com os movimentos de independência, elas se tornaram protagonistas de seus próprios processos políticos e econômicos e passaram a negociar suas riquezas em condições mais vantajosas. Assim, foi possível, por exemplo, desenvolver tecnologias para a extração de minérios e petróleo por meio de parcerias com investimentos externos ou de empréstimos tomados de organismos internacionais.
Fontes de pesquisa:
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Rádio Vaticano. Acesso em 13/05/2010
Sua Pesquisa. Acesso em 07/05/2010
Fontes impressas:
Almanaque Abril 2009 - 35ª edição. São Paulo: Editora Abril, 2009
Atlas Geográfico Mundial – Para conhecer melhor o mundo em que vivemos – África. 3ª edição, 2005.
DIAMANTINO, Alves Correia Pereira; CARVALHO, Marcos Bernardino. Geografias do mundo – fronteiras, 9º ano.São Paulo: FTD, 2005.
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro. Geografia: homem & espaço, 9º ano. 21ª edição. São Paulo: Saraiva, 2008.
Projeto Araribá. 9º ano. São Paulo: Moderna, 2007.