Disciplina - Educação Física

A África do Sul e a aids

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Aids - Formas de contato

As três vias principais de transmissão do HIV são contato sexual, exposição a fluidos ou tecidos corporais contaminados e de mãe para feto durante o período perinatal.

A maior parte das infecções por HIV é via relações sexual sem proteção. A transmissão pelo ato sexual ocorre com o contato entre secreções sexuais de um parceiro com o reto, genital ou mucosa da boca do outro. Os atos sexuais passivos sem proteção são mais arriscados que os ativos sem proteção, sendo que o sexo anal apresenta mais risco do que o vaginal ou oral. Sexo oral não é livre de riscos.

Além de relações sexuais o HIV também pode penetrar no organismo humano por:
  • uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa;
  • transfusão de sangue contaminado;
  • mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.
  • instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.

Janela Imunológica

É o termo que designa o intervalo entre a infecção pelo vírus da aids e a detecção de anticorpos anti-HIV no sangue através de exames laboratoriais específicos. Estes anticorpos são produzidos pelo sistema de defesa do organismo em resposta ao HIV, o que indica nos exames a confirmação da infecção pelo vírus. Para o HIV, o período da janela imunológica é normalmente de duas a oito semanas, mas em alguns casos pode ser mais prolongado.

Se um teste de detecção de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há possibilidade de um resultado falso-negativo, caso a pessoa esteja infectada pelo vírus. Portanto, se o teste for feito no período da janela imunológica e o resultado for negativo, é necessário realizar um novo teste, dentro de dois meses. Neste período ocorre a soroconversão, se a pessoa estiver realmente infectada.

É importante, nesse período de janela imunológica, que a pessoa não passe por nenhuma situação de risco, pois se estiver realmente infectada, já poderá transmitir o vírus para outras pessoas.


A Aids na África do Sul

No início da década de 90, a Aids não era vista como um problema grave na África do Sul ou sequer tratada como uma epidemia. Justamente por ser pouco discutida, a doença estava carregada de estigmas e quem a contraísse precisava enfrentar a ignorância da população.

Acreditava-se que usar uma mesma roupa ou dividir um sofá era uma forma de contágio. A falta de informação ocorria principalmente nas comunidades mais pobres. Infelizmente durante anos a população esteve desinformada e as medidas desastrosas de governos anteriores só agravaram a situação.

Todos esses fatores transformaram a África do Sul no país com a pior epidemia da doença em todo o mundo. O país possui 5,7 milhões de infectados, o que corresponde a mais de 10% de sua população total, cerca de 49 milhões. A situação é tão grave que por causa da doença a expectativa de vida do sul-africano é de apenas 47 anos. Ela é quase igual a do Afeganistão, que é de 44 anos, lembrando que o país está em guerra.

A população é miserável e a grande maioria está desempregada. Portanto se proteger da Aids é uma das últimas coisas que passam pela cabeça dessas pessoas. No entanto, o país parece estar encontrando um caminho para controlar a epidemia.

Há menos preconceito e mais conhecimento por parte da população. Além disso, o governo do atual presidente Jacob Zuma tem feito grandes investimentos em campanhas de conscientização e prevenção. Diferente de seu antecessor Thabo Mbeki, que segundo especialistas é o responsável pelo agravamento da epidemia no país. Mbeki chegou a negar que o vírus HIV causava a Aids, e a ministra da Saúde do seu governo, Manto Tshabalala-Msimang, defendeu que uma dieta rica em limão e beterraba era um tratamento mais eficaz contra a doença do que os anti-retrovirais.

Em menos de um ano no poder, Zuma já fez mais que Mbeki durante nove anos. O problema é a vida pessoal do presidente, que acaba comprometendo sua credibilidade. Escândalos como um filho fora do casamento e um crime de abuso sexual, este último no qual ele alegou ter tomado banho após a relação para não pegar AIDS, afetam sua imagem perante a população.

Apesar de Zuma ter criado mais clínicas e ampliado o número de pacientes que recebem as drogas anti-retrovirais (são mais de 700 mil atualmente), o sistema público de saúde é caótico e não suporta o alto número de infectados. A pobreza também é um dos maiores inimigos no combate à Aids. A taxa de desemprego da África do Sul é de 24%.

Fontes de Pesquisa:
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AIDS
imagem do vírus HIV, vírus da imunodeficiência humana, causador da AIDSAIDS é a sigla em inglês da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. É causada pelo vírus HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana – membro da família de vírus conhecida como Retroviridae (retrovírus - apresentam material genético RNA), classificado na subfamília dos Lentiviridae (lentivírus). Estes vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.

Ao entrar no organismo humano, o HIV age no interior das células do sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo. As células de defesa mais atingidas pelo vírus são os linfócitos T CD4+, justamente aquelas que comandam a resposta específica de defesa do corpo diante de agentes como vírus e bactérias.

O HIV tem a capacidade de se ligar a um componente da membrana dos linfócitos, o CD4, e penetrar nessas células, para poder se multiplicar. O HIV vai usar o DNA da célula para fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe a célula e os novos vírus caem na corrente sanguínea, indo buscar outras células para continuar sua multiplicação.

Infectadas pelo vírus, essas células começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. Dessa forma o sistema de defesa se enfraquece, fazendo com que a habilidade do organismo para combater doenças comuns diminua com o passar do tempo, permitindo, então, o aparecimento de doenças oportunistas.

O HIV pode levar vários anos, entre o momento da infecção até o surgimento dos primeiros sintomas. Esta fase se denomina de assintomática, pois a pessoa não apresenta nenhum sintoma ou sinal da doença. Este período entre a infecção pelo HIV e a manifestação dos primeiros sintomas da Aids irá depender, principalmente, do estado de saúde da pessoa.

Quando se diz que uma pessoa tem HIV, está fazendo referência a essa fase assintomática da doença. Quando se fala em pessoa com Aids, significa dizer que ela já apresenta sintomas que caracterizam a doença, o que geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos anti-retrovirais, que combatem a reprodução do vírus HIV.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a Aids. Há muitas pessoas soropositivas que vivem durante anos sem desenvolver a doença. No entanto, podem transmitir o HIV aos outros pelas relações sexuais desprotegidas, por compartilhar seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez.

Atualmente, a Aids pode ser considerada uma doença de perfil crônico. Isto significa que é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento e uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal. Isso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que propiciam o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes.

Deve-se, também, à experiência obtida ao longo dos anos por profissionais de saúde. Todos estes fatores possibilitam aos portadores do vírus ter uma sobrevida cada vez maior e de melhor qualidade.


AIDS - Prevenção foto com o símbolo da AIDS, uma fita vermelha, e uma camisinha - campanha de prevenção


O uso consistente da camisinha é o meio mais seguro de se prevenir contra o HIV/aids e contra outras doenças sexualmente transmissíveis; Seringas e agulhas não devem ser compartilhadas; Toda gestante deve ser orientada a fazer o teste do vírus da aids (o HIV) e, em caso de resultado positivo, ser orientada sobre os seus direitos e os de sua criança, sobre a importância de receber os cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde, antes, durante e após o parto, para controlar a doença e prevenir a transmissão do HIV para o seu filho (para mais informações ver item Pré-Natal); Todo cidadão tem direito ao acesso gratuito aos anti-retrovirais. A boa adesão ao tratamento é condição indispensável para a prevenção e controle da doença, com efeitos positivos diretos na vida da pessoa com HIV/aids.

Fontes de Pesquisa:
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Aids Brasil - acesso em 14/05/2010
Copacabana Runners – acesso em 14/05/2010
Programa Nacional de DST e AIDS - acesso em 14/05/2010
Sintomas da Aids – acesso em 14/05/2010.


imagem da palavra AIDS preenchido por comprimidos, símbolo do coquetel de anti-retrovirais.Tratamento

Desde o surgimento da aids, a busca e o investimento em pesquisas e novos medicamentos resultam em opções e esquemas de tratamento menos complexos e tóxicos, melhorando significativamente a vida dos soropositivos.

Os medicamentos anti-aids dificultam a multiplicação do vírus HIV no organismo, preservando assim as células de defesa do sistema imunológico e adiando o início dos sintomas da doença. O tratamento não elimina o HIV.

O coquetel (medicamentos anti-retrovirais) é uma combinação de drogas que juntas evitam o enfraquecimento do sistema imunológico. Com isso, reduz o aparecimento de infecções por doenças oportunistas (aquelas que se aproveitam de um sistema de defesa debilitado para ocorrer).

Somente o profissional da saúde que acompanha o soropositivo pode determinar quando o tratamento deve começar. Essa decisão é baseada a partir das análises dos exames de controle (CD4 e carga viral) e do quadro clínico do paciente.

Por ser complexo, o tratamento anti-retroviral requer acompanhamento médico para analisar as adaptações do organismo ao tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em seu seguimento, também chamada de adesão. Por isso, é fundamental manter o diálogo, compreender todo o esquema de tratamento e esclarecer todas as dúvidas.

Os demais profissionais da equipe envolvidos no atendimento também tem papel fundamental no tratamento e seu seguimento, como psicólogo, assistente social e nutricionista, eles irão ajudar a lidar com as dificuldades do tratamento e encontrar soluções.
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Fonte:
Copacabana Runners – acesso em 14/05/2010
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