Nelson Mandela

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Há exatos vinte anos, Nelson Mandela, líder maior da luta anti-apartheid, deixava a prisão. Sua liberdade foi o marco fundamental da derrota do regime racista da África do Sul.

Nascido no ano de 1918, na cidade de Transkei, integrava uma antiga família de aristocratas da casa real de Thembu. Em virtude de sua descendência o jovem Mandela teve oportunidade de ter uma ampla formação educacional que misturava valores de sua própria cultura e da cultura europeia. Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do apartheid. No ano de 1942 ingressou no Congresso Nacional Africano - entidade que lutava contra a segregação. Em 1944, participou da fundação, junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.

Participou da divulgação da “Carta da Liberdade”, em 1955, documento pelo qual defendiam um programa para o fim do regime segregacionista. Decidido pela luta pacífica mudou de opinião em março de 1960, quando um trágico episódio, conhecido como o "O Massacre de Sharpeville", o incitou a rever seus meios de atuação política. Naquela ocasião um protesto resultou na morte de 69 manifestantes negros desarmados. Depois disso, Nelson Mandela decidiu se engajar na luta armada contra o sistema e se tornou comandante do “Lança da Nação”, um braço armado do CNA.

O governo segregacionista logo saiu em busca dos líderes dessa facção e, em 5 de agosto de 1962, Mandela foi preso e condenado à prisão perpétua, pena que cumpriria em uma ilha penitenciária localizada a três quilômetros da cidade do Cabo.

Somente em 1990 Nelson Mandela foi liberto e reconduziu o processo que deu fim ao apartheid na África do Sul. Em 1992, as leis segregacionistas foram finalmente abolidas com o apoio de Mandela e Willem de Klerk.

No ano seguinte, a vitória política lhe concedeu o prêmio Nobel da Paz e, em 1994, foram organizadas as primeiras eleições multirraciais da África do Sul. A vitória eleitoral de Nelson Mandela iniciou o expurgo das práticas racistas do Estado africano e rendeu grande reconhecimento internacional à Mandela. Depois de cumprir mandato, em 1999, Mandela atuou em diversas causas humanitárias. Ainda hoje, o líder sul-africano exerce grande papel na luta contra a AIDS.