A bola da vez
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As bolas de futebol, especialmente aquelas utilizadas nas copas passam por mutações permanentes. A sempre atualizada bola da moda, autêntica bola da vez, publicitária de si mesma, inseparável do marketing da marca, muda de perfil a cada torneio. Cambiável, inteiriça, mais leve e mais rápida, quase fosforescente, como pérola para milhões, portadora de motivos temáticos, ou de motivos geométricos mais abstratos, sempre encanta os mais aficionados.
Como se deram as transformações desse símbolo mitológico? Outrora feita de couro explícito, encordoada e eventualmente irregular, com pulmão de bexiga às vezes saltando por entre os gomos. Hoje é fabricada com alta tecnologia, o que a torna impermeável, estável, e ainda, com um padrão visual tridimensional.
Esse é o caso da Jabulani, a bola da Copa de 2010.
Jabulani, significa "para celebrar" em um dialeto africano. Ela tem oito gomos em formato 3D. Seu design possui traços africanos, misturados numa diversificação de 11 cores - o branco predomina. As cores foram escolhidas para representar os 11 jogadores de cada seleção, os 11 idiomas oficiais da África do Sul e as 11 tribos que formam a população sul-africana. Para chegar a esse produto final, foram mais de seis anos de estudos e analises. O que mais preocupava os técnicos das seleções era a questão da aerodinâmica. A grande ideia dos engenheiros seria criar uma bola que sofresse o mínimo de desvio possível no exato momento do chute, vencendo assim a resistência do ar de forma uniforme. Todas as partes da bola Jabulani foram confeccionadas 100% sem costuras e sendo unidas termicamente. Devido a isso, chegou-se a uma circunferência praticamente perfeita. Fazendo do chute o mesmo, seja ele em qualquer ponto de impacto.
Vídeo mostrando a fabricação da bola Jabulani.
Acesse o vídeo
Conheça as bolas das outras edições da Copa
1930
A bola de era feita de couro e tinha uma abertura por onde entrava uma câmara de ar de borracha. Essa abertura era depois costura com cadarço e isso era um tormento para os jogadores, que sofriam na hora do cabeceio.
1934
A bola desta copa seguiu o mesmo estilo da copa anterior e também, quando molhada , o couro absorvia a água e a ela ficava com quase o dobro do peso. Alguns jogadores usavam faixas ou toucas na cabeça para aliviar o atrito na hora de cabecear.
1938
Nesta edição a bola continuava semelhante a utilizada nas duas primeira edições da copa: marron, pesada e com a costura final externa.
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1950
A bola utilizada na Copa do Mundo no Brasil era da marca Superball, que chegou até a colocar algumas faixas nos estádios fazendo propaganda. Nessa época, a costura da bola já era interna e não havia mais a abertura e o cadarço. Seu couro, porém, continua pesado quando encharcado.
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1954
A bola da copa de 54 não diferenciava-se das bolas das edições anteriores. Continuava em cor escura e muito pesada.
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1958
Neste mundial a bola continuou pesada e dura nos pés.
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1962
Sem muitas alterações a bola continuava com o mesmo estilo dos campeonatos anteriores.
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1966
Chamada de “Special Edition”, a bola foi produzida pela empresa inglesa Slazenger. Foram feitas 300 dessa bola, que tinha 24 gomos, para o mundial todo de 1966.
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1970
A bola começa a mudar radicalmente com a copa de 70. Nesse mundial a bolaTelstar foi configurada em hexágonos pretos e brancos que fraturavam visualmente a esfericidade e a fluidez do movimento, mas que eram extremamente úteis na transmissão televisiva.
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1974
No mundial de 1974 a bola seguiu o mesmo estilo do anterior: hexágonos em preto e branco que favoreciam as transmissões do mundial que haviam se iniciado na edição anterior.
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1978
Esse experimento de inspiração na op art, segue para a copa de 1978 com a Tango. A bola nessa ocasião apresentava triângulos vazados, levemente arredondados e organizados de maneira que desenhavam pequenos círculos.
1982
O design da bola de 1978 sofreu uma ligeira modificação para a Copa de 1982. No entanto, a Tango Espanha vinha com uma inovação técnica marcante: embora ainda fosse totalmente confeccionada em couro, a bola tinha pregas prova d'agua, que reduziam consideravelmente a penetração de água na bola em climas úmidos e minimizavam qualquer aumento no peso.
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1986
Em 1986 a bola, apesar de dar continuidade ao motivo - triângulos ou círculos, depende de quem a vê – apresentava elementos distintos. Além de ser a primeira produzida com material sintético ela trouxe no interior dos triângulos elementos que remetiam a cultura asteca, e por isso seu nome: Azteca.
1990
Etrusco Unico foi a bolo da copa de 1990. O detalhe do desenho foi uma homenagem aos etruscos, povos que viveram na península Itálica entre os 1200 e 700 a.C.
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1994
A Questra foi a bola oficial da Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos, seu nome deriva de uma antiga palavra que significa a busca pelas estrelas.
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1998
A de 1998 foi a primeira bola de mundiais multicolorida e os triângulos traziam no seu interior galos estilizados com as cores da bandeira da França.
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2002
A Fevernova de 2002 incluía um sistema de camadas de espuma sintática que formavam entre si microbalões selados individualmente, preenchidos por gás altamente comprimido e era portadora de motivos temáticos de inspiração oriental. Ela celebrava a inovação tecnológica dos dois países sede (Japão e Coreia do Sul). A cor de ouro simbolizava a energia que estas duas nações têm dedicado ao Mundial. E as chamas vermelhas representam a tradição do fogo como força condutora. É a primeira vez desde a Copa de 78, que uma bola oficial rompe com o visual Tango.
2006
Teamgeist, que significa espírito de equipe em alemão foi a bola oficial da Copa de 2006. Com uma esfera perfeita, a bola é formada por apenas 14 gomos, se tornando mais lisa e com menos pontos de contato. Feita com mesmo material da Copa de 2002, a bola volta a contar com o predomínio das cores branca e preta.
O velho que se transfigura e se apresenta como novidade. Essa é a história da bola nas edições da Copa do Mundo de Futebol.
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Fontes de Pesquisa:
*Os links abaixo relacionam conteúdos externos ao Portal. Ao clicar você será direcionado a abertura de uma nova página.
Blog Ideias - Acesso em 04/05/2010
Bola na Área - Acesso em 11/05/2010
Copa do Mundo - Acesso em 07/05/2010
Fifa - Acesso em 03/05/2010
Fifa Brasil - Acesso em 03/05/2010
Jogo do Brasil - Acesso em 03/05/2010
WISNIK, José Miguel. Veneno remédio: o futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.