Vôlei brasileiro
16 de agosto de 1954. Data que ficou marcada na história do Brasil. Data que, em 2004, a família do voleibol comemorou os 50 anos da criação da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). E o momento não poderia ser mais apropriado. Em Atenas, na Grécia, duas seleções brasileiras indoor e quatro duplas do vôlei de praia lutaram por medalhas para o País, conquistando dois ouros (Seleção Masculina Indoor e Ricardo/Emanuel) e uma prata (Adriana Behar/Shelda).Mas até alcançar este patamar, muitos jogos se passaram. E quem deu o saque inicial rumo ao sucesso foi o ex-jogador Denis Rupet Hathaway, o primeiro presidente da CBV, no período de 14/03/55 a 15/02/57. Inicialmente, o voleibol era ligado à Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Hathaway, convicto de todo potencial da modalidade, elaborou todo trabalho e articulou com os presidentes das federações estaduais. Resultado: fundou aquela que há cinco anos receberia em 1999, da Federação Internacional de Voleibol o título de a "Mais bem-sucedida Federação do mundo", pelo triênio 97/98/99.
Antes desse prêmio, no entanto, cinco presidentes levantaram todas as bolas à frente do cargo: Abrahão Antônio Jaber (15/02/57 a 13/02/59), Paulo Monteiro Mendes (13/02/59 a 09/02/61), Roberto Moreira Calçada (09/02/61 a 18/01/75), Carlos Arthur Nuzman (18/01/75 a 07/01/97) e Walter Pitombo Laranjeiras (presidente em exercício, desde que Nuzman assumiu a presidência do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em julho de 95.
Mas foi na metade da década de 70 que o então presidente Carlos Arthur Nuzman uniu organização e marketing esportivo na CBV. Uma dobradinha que deu certo. O vôlei se popularizou e Nuzman manteve-se no cargo até assumir a presidência do COB.
Outra grande virada no jogo veio após a posse de Ary Graça Filho, em 07/01/97. Com seu pioneirismo e sua busca incansável pela perfeição, trouxe à CBV a Era Empresarial e de inúmeros títulos. Além de manter o voleibol como segundo esporte na preferência nacional, o profissionalismo já adquirido na gestão anterior só fez evoluir.
Ex-jogador da seleção, advogado e empresário com vasta experiência no mercado financeiro, Ary adotou um novo modelo de gestão para a CBV, administrando-a de fato como empresa. Ao considerar o voleibol um produto, torcedores e o público em geral viraram clientes e as Federações Estaduais, Prefeituras e Empresas, parceiras. Assim, a CBV é a responsável pela administração do negócio.
No novo modelo de gestão, a CBV foi dividida nas seguintes unidades de negócios: Seleções, Voleibol de Praia, Competições Nacionais, Eventos, VivaVôlei - Centro de Desenvolvimento de Voleibol - Saquarema.
Esta última unidade, inclusive, é considerada pelo mundo inteiro como mais uma vitória da atual administração. O Centro de Desenvolvimento de Voleibol - Saquarema tornou-se um outro marco na história da modalidade. Essa iniciativa inédita integra o treinamento de todas as categorias e comprova mais uma vez todo empenho da CBV em manter o esporte no lugar mais alto do pódio.
A primeira seleção a pisar nas quadras do complexo de Saquarema para treinamento foi a masculina adulta, no mesmo dia de sua inauguração: 25 de agosto de 2003. De lá para cá, todas as seleções de base e a feminina adulta já puderam desfrutar do complexo esportivo de 108 mil metros quadrados, com toda infraestrutura necessária para o treinamento do voleibol.
Com instalações e equipamentos de última geração sob medida para o biótipo dos atletas, o Centro de Desenvolvimento de Voleibol cumpre seus principais objetivos: integra o treinamento de todas as seleções brasileiras num mesmo local, facilita o intercâmbio entre as comissões técnicas e dá condições para o desenvolvimento máximo de todos os atletas e projetos.
Crédulo de que o time podia render ainda mais, paralelo a tudo isso, Ary Graça continuou a lutar por mais um título. E a equipe sagrou-se campeã, também, fora das quadras. A CBV foi a primeira entidade esportiva do mundo a obter a Iso 9001:2000.
Este conteúdo foi acessado em 14/03/2013 no site da Confederação Brasileira de Voleibol. Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor da matéria.