Disciplina - Educação Física

Educação Física

14/01/2009

Esporte é vítima dos conflitos em Gaza

Os ataques israelenses aos palestinos na faixa de Gaza começam a atingir as quadras e campos. Basquete, futebol e tênis foram os primeiros esportes a sofrerem os efeitos da ofensiva de Israel sobre a Palestina para combater o Hamas, que controla a região há 18 meses.
Na quarta-feira, a principal tenista de Israel, Shahar Peer, 21, precisou de forte esquema de segurança para atuar no Torneio de Auckland, na Nova Zelândia. A 39ª do ranking mundial ignorou carta da ONG Paz e Justiça, que pediu a ela que boicotasse o evento como protesto aos ataques à faixa de Gaza.
"Às vésperas do início do torneio, escrevemos a Shahar pedindo a ela que respeitasse o chamado internacional e entendesse o boicote a Israel se retirando da competição", contou John Minto, militante da ONG.
A ofensiva de Israel, iniciada em 27 de dezembro, já custou a vida de mais de 700 palestinos e gerou cerca de 3.000 feridos. Apesar da pressão, Peer bateu a tcheca Barbora Zahlavova por 2 sets a 1 (6-3, 4-6 e 6-2) e avançou às quartas-de-final. Pouco depois de deixar a quadra, inquirida sobre as turbulências em seu país, ela respondeu que nada poderia fazer.
"Sou Shahar Peer. Vim aqui jogar tênis e é o que vou fazer amanhã. Sou de Israel e me orgulho do meu país", disse a atleta, que serviu por dois anos no Exército israelense. Na quinta, Peer terá que enfrentar novos problemas extraquadra, além da rival, a russa Elena Dementieva, quarta do ranking e uma das favoritas ao título.
A Paz e Justiça promete realizar protestos em frente ao portão do clube de tênis onde é realizada a competição.
Sorte pior tiveram os jogadores do Bnei Hasharon, que foram impedidos, na noite de terça, de enfrentar o Turk Telekom, em Ancara, em rodada da Eurocopa de basquete. O torneio, conhecido anteriormente como Copa da Uleb (União das Ligas Europeias de Basquete), é a segunda disputa de clubes mais importante do esporte no velho continente.
A equipe israelense até entrou em quadra na capital turca, mas teve que retornar em seguida aos vestiários diante da fúria do público, que ameaçou o elenco, obrigando policiais munidos de cassetetes a intervir.
Fora do ginásio o clima também era de guerra. "Israelenses assassinos, fora da Palestina", gritava em fúria a multidão, que tentava invadir a arena. O irônico do episódio é que metade do elenco do Bnei Hasharon é formada por estrangeiros. Dos titulares, só o armador Meir Tapiro é israelense.
Dois outros integrantes do quinteto principal, o pivô Ousmane Cisse (Mali) e o ala Ugonna Onyekwe (Nigéria), são de países de maioria islâmica. Os conflitos na faixa de Gaza já haviam feito a federação de futebol de Israel cancelar, no início da semana, as rodadas de todas as divisões do país.
Fonte: Portal da Educação Física
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