Disciplina - Educação Física

Educação Física

01/04/2010

Paranaense fatura cinco ouros na ginástica rítmica

por PC/Final Sports & AI COB
Se na ginástica artística o Brasil já consolidou seu nome como uma nação forte e com conquistas internacionais, a ginástica rítmica segue em busca de espaço. Porém, se depender de talentos, a modalidade parece ter encontrado seu diamante bruto. Seu nome: Angélica Kvieczynski.
Aos 18 anos, a atleta, natural de Toledo (PR), impressionou o público e dominou as provas da modalidade nos Jogos Sul-Americanos de Medellín. Seu aproveitamento foi de 100%. Nas cinco provas que disputou, a brasileira conquistou cinco ouros. A segunda-feira, último dia de apresentações, coroou um desempenho impecável, que emocionou a todos no Complexo Esportivo Atanásio Girardot.
A melhor ginasta do continente não deu chance às adversárias nos quatro exercícios individuais da modalidade, cordas, aro, bolas e fita. Suas notas, bem superiores do que o restante das competidoras, enfatizam a relevância do resultado.
"Estou nas nuvens. Já nos meus primeiros Jogos Sul-americanos, ganhar cinco medalhas é maravilhoso. Minha meta é classificar para os Jogos Olímpicos. Para isso, preciso melhorar ainda mais", comenta.
Pouco tempo antes de ir para a Colômbia, Angélica passou por uma temporada de treinamento na Rússia, onde pôde adquirir experiências que colocou em pratica para brilhar em Medellín.
Na bola, a brasileira ficou com 24.225 pontos, contra 23.400 da venezuelana Katherin Arias e 22.150 de Andreina Acevedo, do mesmo país. Nas cordas, Angélica totalizou 23.650, contra 21.850 da compatriota Eliane Sampaio e 21.700 de Andreina Acevedo. No aro, a paranaense conseguiu 23.400 pontos, sendo seguida de Ayelen Pieri, com 21.450 e Pini Carrasco, ambas da Argentina, com 21.450. Na fita, Angélica somou 23.525, terminando à frente das argentinas Darya Shara, 22.950, e Ayelen Pieri, com 22.225.
Segundo a brasileira, para atingir a classificação olímpica, a atleta deve chegar pelo menos até os 26 pontos.
Município de aproximadamente 170 mil habitantes, Toledo vê o nascimento de uma filha prodígio. Sob a tutela de Anita Klemann, sua treinadora desde que iniciou na prática esportiva, Angélica surge com potencial para estourar nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
"Acredito que ela poderá chegar muito em breve entre as 20 melhores do mundo. Ela estará no auge da carreira em 2016 e com certeza lá podemos sonhar com uma medalha. A Angélica é uma menina muito determinada, que ama o que faz. Ela tem um imenso potencial para crescer. Só precisa de mais apoio, pois sustenta sua família, de poder aquisitivo baixo", comentou Anita, uma das precursoras da modalidade na cidade paranaense.
Além da classificação para os próximos Jogos Olímpicos e para o Pan de Guadalajara, Angélica carrega nas costas a missão de elevar a modalidade a patamares nunca antes alcançados na história do esporte.
"A ginástica rítmica está crescendo e a nossa geração já está conquistando muita coisa. Acredito no nosso potencial. Sou muito esforçada e vou atrás do que quero até conseguir", declarou.
Quem também competiu nesta segunda-feira foi o conjunto feminino, formado por Ana Alencar, Ana Ribeiro, Ana Paula Schefer, Letícia Dutra, Luisa Matsuo e Larissa Barata. As brasileiras conquistaram duas medalhas de prata, nos cinco aros e nas três fitas e duas cordas. Em ambas, a Venezuela ficou com o ouro.

Quadro de medalhas final dos Jogos Odesul de Medellín-2010:
País Ouro Prata Bronze Total
Colômbia 144 124 104 372
Brasil 133 119 103 355
Venezuela 89 77 97 263
Argentina 54 76 107 237
Chile 25 32 52 109
Peru 19 19 33 71
Equador 16 21 57 94
Bolívia 2 1 8 11
Uruguai 1 8 4 13
Paraguai 1 7 4 12
Guiana 1 1 2 4
A. Holandesas 1 - 3 4
Aruba - - 2 2
Panamá - - 2 2
Suriname - - 2 2

Este conteúdo foi acessado em 01/04/2010 do sítio: Final Sports
Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor da matéria.

Recomendar esta notícia via e-mail:

Campos com (*) são obrigatórios.